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BAJO ATRATO   PROJETO REDD+,COLÔMBIA

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Wildlife Works chegou na hora certa, quando mais precisávamos. Eles chegaram para acompanhar nosso processo e trabalhar como equipe para alcançar os objetivos que temos como comunidade e Conselho Comunitário da Bacia do Rio Cacarica.

>33,000

PARCEIROS

DA COMUNIDADE

209,317

HECTARES DE

FLORESTA PROTEGIDOS

16

ESPÉCIES

AMEAÇADAS PROTEGIDAS

668,184

tCO2e DE EMISSÕES

EVITADAS POR ANO

-Georgiana Portocarrero

CONSELHO COMUNITÁRIO DA BACIA DO RIO CACARICA

VISÃO GERAL

Localizadas dentro da biorregião Chocó-Darién ao longo da costa do Pacífico da Colômbia, as florestas tropicais de Bajo Atrato estão entre os dez principais hotspots de biodiversidade do mundo. Essas florestas fornecem uma série de serviços ambientais, além de habitat para espécies ameaçadas como o sagui-de-cabeça-branca e a grande arara-verde. Esta região é renomada por sua riqueza ecológica, assim como pela resiliência e espírito coletivo de seus membros da comunidade.
Os nove Conselhos Comunitários que gerenciam o Projeto REDD+ de Bajo Atrato são compostos por famílias afrodescendentes que estão na região desde os anos 1900. Em grande parte, os ancestrais dessas comunidades eram africanos escravizados que encontraram um lar na área. Ao longo dos anos, eles desenvolveram seus próprios modos de conhecer e se relacionar com o território, baseados em crenças religiosas e espirituais, na criação de conhecimentos etnoecológicos e novas formas de organização política protegidas pela legislação colombiana.

AMEAÇAS À FLORESTA

As florestas tropicais da região de Bajo Atrato, na Colômbia, enfrentam uma série de ameaças. O desmatamento na Colômbia é resultado de uma combinação complexa de fatores históricos e socioeconômicos. O desmatamento causado por exploração ilegal de madeira, expansão agrícola não planejada e mineração de ouro ameaça essas florestas antigas.

 

Operações industriais de mineração, especialmente para ouro, têm colocado a paisagem sob pressão adicional. Novas técnicas de mineração podem poluir os rios com metais pesados e produtos químicos como mercúrio e cianeto, efetivamente envenenando o sistema vital do ecossistema.

 

A região de Bajo Atrato também enfrentou conflitos sobre posse de terras e propriedade de recursos, frequentemente envolvendo comunidades indígenas e afro-colombianas. Esses conflitos podem resultar em grilagem de terras, deslocamento de comunidades e degradação adicional da floresta tropical. A influência insidiosa do tráfico de drogas também representa uma ameaça, levando ao desmatamento para o cultivo de coca e produção de cocaína.

A ESTRATÉGIA DO PROJETO

Em resposta às ameaças que pairam sobre as florestas de Bajo Atrato, os nove Conselhos Comunitários, suas 72 comunidades e a Wildlife Works co-criaram o Projeto REDD+ de Bajo Atrato.

 

As ações que visam reduzir o desmatamento e a degradação florestal na área do Projeto REDD+ de Bajo Atrato estão alinhadas com os objetivos identificados durante as primeiras reuniões com as comunidades e durante o processo de Consentimento Livre, Prévio e Informado. Essas ações têm como foco o lançamento de quatro atividades principais:

 

1) Manejo florestal comunitário

2) Fortalecimento da autogovernança

3) Desenvolvimento de alternativas econômicas sustentáveis

4) Adaptação às mudanças climáticas

DETALHES

DATA DE INÍCIO: OUTUBRO DE 2019

DURAÇÃO: 30 ANOS

TIPO DE PROJETO: Evitar Desmatamento e/ou Degradação Não Planejados (AUDD)

DETALHES

METODOLOGIA: VM0009

REGISTRO: VERRA

VERIFICAÇÃO POR TERCEIROS ☑

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BIODIVERSIDADE

As áreas do projeto apresentam uma notável diversidade de ecossistemas florestais, que vão desde florestas tropicais de planície inundável até florestas de neblina. Além disso, essas áreas abrigam uma riqueza de espécies endêmicas, incluindo onças-pintadas, saguis-de-cabeça-branca e antas-de-baird, destacando seu significativo valor ecológico.

FORTALECIMENTO DA GOVERNANÇA

Através de um processo rigoroso e abrangente de Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI), foram realizados 33 eventos de tomada de decisão. Esses encontros estavam relacionados ao desenho do plano de distribuição de benefícios e à disseminação de informações sobre o projeto REDD+.

INCLUSÃO E IGUALDADE DE GÊNERO

Um total de 848 mulheres e 312 jovens participaram ativamente dos eventos de tomada de decisão, enfatizando a inclusão e representação em diversas demografias. Além disso, 52 jovens e 58 mulheres passaram por treinamentos especializados em liderança e governança, promovendo a igualdade de gênero e capacitando a próxima geração de líderes.

CRIAÇÃO DE EMPREGOS

O projeto não apenas criou oportunidades de emprego sustentáveis, mas também fomentou o engajamento comunitário local e contribuiu para o desenvolvimento de projetos de conservação.

DESTAQUES DE IMPACTO

Os nove Conselhos Comunitários do Projeto REDD+ do Bajo Atrato são compostos por famílias afrodescendentes que estão na região do Bajo Atrato desde os anos 1900. Em sua maioria, os ancestrais dessas comunidades foram africanos escravizados, que encontraram na área um local seguro para viver após a abolição da escravidão. Ao longo dos anos, eles desenvolveram suas próprias formas de conhecimento e relação com o território, baseadas em crenças religiosas e espirituais, na criação de conhecimento etnoecológico e na formação de novas formas de organização política protegidas pela legislação colombiana, que também inclui famílias camponesas migrantes da savana de Córdoba, que se estabeleceram mais recentemente na área.

Tradicionalmente, as comunidades afro-colombianas no Bajo Atrato dependiam da floresta para uma variedade de produtos florestais não madeireiros, incluindo frutas, nozes e plantas medicinais. Os membros da comunidade também participavam da agricultura de pequena escala, cultivando bananas, inhame, mandioca e bananas, e da pesca para atender às necessidades locais.
 

O Projeto REDD+ do Bajo Atrato é desenvolvido em uma área composta por 72 comunidades, reunidas nos territórios coletivos de nove Conselhos Comunitários. Os conselhos comunitários que são proprietários do Projeto são:

Consejo Comunitario de la Cuenca del Río Quiparadó

Consejo Comunitario del Río Curbaradó

Consejo Comunitario de la Cuenca del Río Salaquí

Consejo Comunitario de la Cuenca del Río Cacarica

Consejo Comunitario de Truandó Medio La Teresita

Consejo Comunitario de Bocas de Taparal

Consejo Comunitario de Dos Bocas

Consejo Comunitario de La Nueva Truandó

Consejo Comunitario de Clavellino

HISTÓRIAS DA COMUNIDADE

ARTIGO 01

LA NEGRA TAMBORENA

Ouça Yajaira Salazar, poetisa afro-colombiana que vive no projeto Bajo Atrato

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ARTIGO 2

SECA NO CHOCÓ

Confira as comunidades compartilhando sobre como a seca impacta suas vidas cotidianas e quais alternativas sustentáveis poderiam ser implementadas para aprimorar essas condições.

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A COMUNIDADE

° Saguinus oedipus 

SAGUI CABEÇA DE ALGODÃO

O sagui cabeça de algodão, um pequeno primata que pesa menos de uma libra, recebe esse nome devido ao tufo de pelos brancos semelhante a uma bola de algodão em sua cabeça. Os saguis cabeça de algodão estão entre os primatas mais ameaçados do mundo, com apenas cerca de 6.000 indivíduos restantes na natureza. Esta espécie é endêmica do noroeste da Colômbia, e seu habitat de floresta tropical está sendo destruído devido à pecuária, agricultura e desenvolvimento urbano. Além disso, os saguis cabeça de algodão são capturados ilegalmente e vendidos como animais de estimação.

° Panthera Onca 

ONÇA-PINTADA

As onças-pintadas são a maior espécie de felino da América do Sul e têm grande importância ecológica, cultural e espiritual. Estima-se que restam cerca de 15.000 onças-pintadas na Colômbia e aproximadamente 170.000 nas Américas como um todo. A espécie outrora se estendia do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas seu alcance foi reduzido pela metade e a espécie está extinta em vários países, devido às principais ameaças de perda de habitat, comércio ilegal, caça e mudanças climáticas.

° Ara ambiguus 

ARARA-VERDE

Com seus tons vibrantes de verde, a Arara-Verde dificilmente será confundida com qualquer outra ave. A Arara-Verde é a terceira maior espécie de papagaio em nosso planeta e pode viver até 70 anos. Ave social, as Araras-Verdes vivem em grupos familiares de cerca de cinco a seis indivíduos, que patrulham pequenas áreas de habitat em busca de árvores frutíferas onde possam se alimentar. Devido à perda de habitat e ao comércio ilegal de animais de estimação, esta espécie é considerada Criticamente em Perigo pela IUCN.

° Psarocolius cassini 

JAPUAÇU

O Japuaçu é uma ave impressionante nativa das florestas tropicais da Colômbia. Com sua plumagem vibrante em preto e amarelo, os machos exibem seus ninhos pendulares em forma de cesto, meticulosamente tecidos com cipós. O Japuaçu enfrenta sérias ameaças à sua conservação. A floresta tropical do Chocó, seu habitat principal, está sob pressão constante devido ao desmatamento, impulsionado pela exploração madeireira, agricultura e desenvolvimento de infraestrutura. Além disso, as mudanças climáticas exacerbam ainda mais os desafios, alterando o delicado equilíbrio do ecossistema do qual depende.

A BIODIVERSIDADE

As florestas tropicais do bioma Chocó-Darién na costa do Pacífico da Colômbia compõem um dos dez pontos críticos de biodiversidade do mundo. As áreas do projeto são ricas em vida selvagem e em uma variedade de tipos de ecossistemas valiosos, como floresta tropical de planície alagável, savana e floresta subandina. As principais ameaças à floresta incluem a expansão não planejada da fronteira agrícola, pecuária extensiva, incêndios florestais, cultivo de culturas ilícitas e extração ilegal de madeira.

 

Para ajudar a reduzir esses impulsionadores do desmatamento, nossas atividades de projeto incluem aumento da monitorização e proteção florestal, promoção do uso sustentável dos recursos florestais, geração de alternativas econômicas baseadas na comunidade, fortalecimento da governança florestal e prevenção de incêndios florestais.

A FLORESTA

MAI NDOMBE, DRC

Na República Democrática do Congo (RDC), o projeto REDD+ Mai Ndombe protege 300.000 hectares de floresta tropical.

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KASIGAU CORRIDOR, KENYA

No Quênia, o projeto REDD+ do Corredor Kasigau protege 500.000 hectares de floresta.

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